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A líder da oposição venezuelana María Corina Machado foi presa em Caracas após participar de um protesto contra a posse do presidente Nicolás Maduro para um terceiro mandato, marcada para esta sexta-feira. O grupo político dela, Comando con Venezuela, postou no X que María Corina foi “violentamente interceptada” ao sair de um comício nesta quinta-feira. “Tropas do regime atiraram nas motocicletas que a transportavam”, diz o grupo. O governo venezuelano não se manifestou sobre a detenção. A aparição dela na manifestação foi a primeira em meses, devido ao aumento da repressão do governo chavista a figuras da oposição e seus apoiadores no ano passado. “Estou aqui”, publicou ela no X, com um vídeo em que aparece vestindo jeans e as cores da bandeira venezuelana.

Questionada no início desta semana pela CNN sobre o que aconteceria se fosse presa, a opositora reconheceu o risco. “Estou bastante consciente das minhas responsabilidades. Mas também sabemos que este é um custo que transcende cada um de nós. Então, precisamos fazer isso. Estarei com nosso povo amanhã”, disse. Em várias partes de Caracas, apoiadores da oposição saíram às ruas pedindo liberdade. Vários também seguravam cartazes com os dizeres “González presidente”, em referência ao candidato Edmundo González, que prometeu retornar a Caracas nesta semana. Já em Petare, maior bairro da Venezuela, apoiadores de Maduro se reuniram no que chamam de “marcha pela paz e alegria”. Maduro foi proclamado vencedor da eleição presidencial em julho pelas autoridades eleitorais apesar das denúncias de fraude da oposição. O governo não apresentou as atas de votação. (CNN)