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Em dois anos de investigações, o Supremo Tribunal Federal condenou 371 incitadores ou executores dos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023 em Brasília, que causaram prejuízo de R$ 26 milhões. As penas variam de três a 17 anos de prisão – sendo que 70 condenados já cumprem penas de forma definitiva, ou seja, não podem mais recorrer. A maioria dos réus foi condenada no Supremo pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, golpe de Estado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa. O STF também absolveu cinco denunciados pela Procuradoria-Geral da República por falta de provas, entre eles, moradores de rua que se envolveram nos ataques. Foram fechados 527 acordos de não persecução penal, que foram oferecidos a investigados que estavam acampados em frente ao Quartel-General do Exército. Para fechar o acordo e não ir a julgamento, os acusados confessaram os crimes e foram punidos com multas de R$ 1 mil a R$ 20 mil e proibição do uso de redes sociais. Enquanto isso, advogados dos 40 indiciados no inquérito da trama golpista, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro, já fazem reservadamente previsões sobre as penas que serão impostas pelo ministro Alexandre de Moraes. Os defensores dão como certas tanto a denúncia da PGR, provavelmente em fevereiro, como a condenação pela Primeira Turma da Corte, e avaliam que as penas a serem determinadas devem ficar na faixa dos 20 anos de prisão. (g1 e Globo)