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Quatro anos após a invasão do Capitólio por apoiadores de Donald Trump, o Congresso americano certificou nesta segunda-feira a vitória do ex-presidente sobre Kamala Harris na eleição do último dia 5 de novembro. A vice-presidente, que aceitou a derrota no dia seguinte ao pleito, presidiu a sessão conjunta entre a Câmara dos Representantes e o Senado. Com uma expressão neutra, ela anunciou a contagem final dos votos do Colégio Eleitoral — 312 para Trump e 226 para elas mesma —, arrancando aplausos dos republicanos. A cerimônia de 30 minutos para confirmar o retorno de Trump ao poder voltou a ocorrer da forma tradicional, como uma formalidade incontroversa no processo de transição presidencial. Mas os ecos da invasão voltaram a reverberar, inclusive com o reforço da segurança dentro e fora do Capitólio. Foi “um dos episódios mais vergonhosos e repreensíveis da história desta grande nação”, disse no plenário o líder da maioria no Senado, o democrata Chuck Schumer. Ele alertou sobre os perigos do “negacionismo eleitoral” e sobre a possibilidade de Trump anistiar as pessoas que estão presas ou sendo julgadas pela invasão. Após a eleição de 2020, o republicano rechaçou a vitória de Joe Biden e pediu a seu então vice-presidente Mike Pence, que liderou a certificação, que rejeitasse os votos eleitorais enquanto o Congresso se reunia em 6 de janeiro de 2021. Já Kamala não contestou o resultado das urnas nem espalhou falsas teorias da conspiração para minar a confiança no processo eleitoral ou travou uma batalha judicial para tentar anular o pleito, como fez Trump. A cerimônia de posse será no próximo dia 20. (CNBC)