Reajuste do salário mínimo para R$ 1.518 tem impacto de R$ 81,5 bilhões na economia
O salário mínimo no Brasil foi reajustado para R$ 1.518 e o novo valor já está em vigor. O ganho real, acima da inflação, foi de 2,5%, conforme as novas regras fiscais aprovadas e deve gerar impactos expressivos na economia nacional, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Com o valor, o instituto calculou um incremento de R$ 81,5 bilhões na renda dos brasileiros e de R$ 43,9 bilhões na arrecadação de impostos sobre o consumo. Segundo o Dieese, cerca de 59,9 milhões de pessoas terão sua renda direta ou indiretamente afetada pelo aumento do piso salarial. Entre os grupos mais impactados estão os aposentados e pensionistas do INSS, que somam 28,1 milhões de beneficiários e devem injetar R$ 38,78 bilhões na economia, gerando também R$ 20,9 bilhões em arrecadação. Trabalhadores formais com carteira assinada, totalizando 17,3 milhões, terão um impacto de R$ 23,87 bilhões na renda e R$ 12,87 bilhões em impostos. O reajuste também beneficia 4 milhões de trabalhadores domésticos, com um impacto estimado de R$ 5,57 bilhões no consumo e R$ 3 bilhões em tributos. Entre os trabalhadores por conta própria, 10 milhões têm rendimentos atrelados ao salário mínimo, o que deverá gerar R$ 12,82 bilhões no consumo e R$ 6,91 bilhões na arrecadação. Pequenos empregadores, somando 332 mil, completarão o ciclo de impacto com um incremento de R$ 442 milhões no consumo e R$ 227 milhões em impostos. (Globo)