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Os investimentos nos setores de energia solar e eólica no Brasil registraram queda em 2024, após um desempenho recorde no ano anterior. Segundo dados das associações Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) o total investido caiu 36,6%, passando de R$ 94,6 bilhões em 2023 para R$ 60,4 bilhões neste ano. A retração reflete a ausência de novos leilões de energia, a alta do dólar e a concentração de investimentos no mercado livre do segmento. O setor eólico apresentou a maior queda percentual, com investimentos passando de R$ 35 bilhões para R$ 21 bilhões — um recuo de 40%. Já a energia solar teve uma diminuição de 33%, de R$ 59,6 bilhões para R$ 39,4 bilhões. Esses números incluem tanto usinas de grande porte quanto sistemas menores instalados em telhados e terrenos de residências e empresas. Apesar do recuo, especialistas veem um futuro promissor para as fontes renováveis. Dados do governo mostram que, em 2023, 86 usinas solares e 35 eólicas foram outorgadas, com um total de 5.386 megawatts (MW) de potência instalada. No entanto, a operação dessas fontes intermitentes, que dependem de condições climáticas, exige investimentos em alternativas complementares, como as termelétricas. (Globo)