Petróleo encerra ano com queda de 3% nos preços por demanda enfraquecida
Os preços do petróleo encerraram 2024 com queda de quase 3%, marcando o segundo ano consecutivo de recuo. A redução reflete uma desaceleração da demanda pós-pandemia, incertezas quanto ao nível de crescimento econômico da China e um aumento na produção de petróleo por parte dos Estados Unidos e outros países fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Na última sessão do ano, nesta terça-feira, os contratos futuros do Brent avançaram 0,88%, para US$ 74,64 por barril, enquanto o petróleo bruto dos EUA (WTI) subiu 1,03%, fechando a US$ 71,72 por barril. No entanto, ao longo do ano, o Brent acumulou uma queda aproximada de 3% em relação ao fechamento de 2023, quando valia US$ 77,04. Já o WTI manteve-se estável na comparação anual. Em setembro, o Brent chegou a cair abaixo de US$ 70 por barril, atingindo o nível mais baixo desde 2021. A combinação de uma demanda global enfraquecida e o desaparecimento dos choques nos preços causados pela invasão russa à Ucrânia contribuiu para a retração. A Agência Internacional de Energia (IEA) e a Opep reduziram suas projeções para o crescimento da demanda em 2024 e 2025. Por outro lado, os EUA registraram um aumento significativo na produção de petróleo. Em outubro, o país alcançou um recorde de 13,46 milhões de barris por dia, segundo a Administração de Informações sobre Energia dos EUA (EIA). O relatório também apontou que a demanda americana atingiu os níveis mais fortes desde a pandemia. Especialistas projetam que o petróleo será negociado em torno de US$ 70 por barril em 2025, com a ampliação da oferta global e a fraca demanda chinesa compensando as iniciativas de sustentação de preços. (CNN Brasil)