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Síria vive onda de protestos após incêndio de árvore de Natal

Uma onda de manifestações se formou nesta terça-feira, na Síria, reveberando o incêndio de uma árvore de Natal na praça central de Suqaylabiyah, cidade de tradição cristã perto de Hama, no centro da Síria. O país vive sob expectativa e desconfiança de líderes do Ocidente desde que um grupo islâmico chegou ao poder após derrubar o ditador Bashar al-Assad, no início de dezembro. A identidade dos encapuzados que atearam fogo ainda não está clara. Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, organização com sede no Reino Unido, eles eram estrangeiros do grupo jihadista Ansar al-Tawhid.

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“Exigimos os direitos dos cristãos”, repetiam em coro os manifestantes enquanto marchavam pelas ruas de Damasco até a sede da Igreja Ortodoxa de Antioquia, a maior confissão cristã do país, no bairro de Bab Sharqi. Alguns levavam cruzes de madeira, enquanto outros agitavam a bandeira síria da independência, com três estrelas, adotada pelas novas autoridades.

Em um país predominantemente sunita, Assad se autoproclamava um protetor das minorias, como a alauita, vertente do xiismo à qual pertence. Embora realmente tivessem liberdade para professar a sua fé, os cristãos sírios enfrentavam opressões de outras ordens sob a ditadura, assim como seus conterrâneos.

Segundo o CIA World Factbook, 87% da população síria é muçulmana, 10% é cristã e 3% é formada pelos drusos. De acordo com a publicação da agência de inteligência americana, no entanto, a fuga de cristãos durante a guerra pode ter feito cair a porcentagem de fiéis no país. (Folha)

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