Inflação nos EUA desacelera, mas permanece acima da meta do Fed
A inflação nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE na sigla em inglês), avançou 0,1% em novembro na base mensal e 2,4% no acumulado de 12 meses, informou o Bureau of Economic Analysis nesta sexta-feira. Apesar do resultado anual ter ficado abaixo da projeção de 2,5%, ele segue acima da meta de 2% estabelecida pelo Federal Reserve. O núcleo do PCE, que exclui itens mais voláteis como alimentos e energia, também registrou alta de 0,1% no mês e 2,8% no ano. Ambos os resultados ficaram ligeiramente abaixo das expectativas do mercado, mas continuam sinalizando uma inflação resiliente. Os números foram divulgados apenas dois dias após o Fed reduzir sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 4,25% e 4,5% ao ano, o menor nível em dois anos. Porém, durante a coletiva, o presidente do Fed, Jerome Powell, alertou para a necessidade de cautela em futuros cortes de juros devido à persistência de pressões inflacionárias. “Quando o caminho é incerto, você reduz o ritmo”, afirmou.
Além da inflação, o relatório revelou um aumento de 0,4% nas despesas de consumo pessoal em novembro, refletindo maior demanda por bens recreativos e veículos automotores. A renda pessoal também cresceu 0,3%, impulsionada principalmente por elevações salariais, enquanto a taxa de poupança pessoal permaneceu baixa, em 4,4%. Para 2025, o Fed já revisou sua expectativa de cortes de juros, reduzindo de quatro para dois, em resposta ao ritmo mais lento de desinflação e às pressões econômicas. (InfoMoney)