Haddad defende intervenções no câmbio e diz ser preciso ‘corrigir disfuncionalidades’
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em café da manhã com jornalistas que o impacto do pacote fiscal aprovado no Congresso Nacional foi reduzido em cerca de R$ 1 bilhão, e que agora a economia está estimada em R$ 71,9 bilhões nos próximos dois anos. Ele também defendeu a necessidade de revisar despesas públicas de forma contínua para fortalecer o arcabouço fiscal. Sobre a disparada recente do dólar, Haddad reconheceu que houve “um problema de comunicação”. O ministro defendeu o regime de câmbio flutuante, mas respaldou as intervenções realizadas pelo Banco Central para corrigir o que chamou de “disfuncionalidades”. Desde 12 de dezembro, o Banco Central vendeu cerca de US$ 28 bilhões em leilões no mercado à vista e operações de linha, o que ajudou a conter a alta da moeda americana. No âmbito dos juros, Haddad disse esperar que o impacto do aperto monetário promovido pelo BC, somado às medidas fiscais, seja sentido rapidamente em 2025. “Assim que a atividade econômica e a inflação responderem, o Banco Central poderá calibrar os juros”, declarou. O ministro também foi questionado sobre uma possível candidatura à Presidência em 2026, caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva opte por não disputar a reeleição, mas negou. “Não me entendo como candidato em 2026”, disse. (InfoMoney, CNN e g1)