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Festival de Amsterdã debate uso de IA em produção de documentários

O Festival Internacional de Documentários de Amsterdã deste ano trouxe o debate sobre o uso de inteligência artificial em longas do gênero. O evento teve na abertura a estreia mundial de About a Hero, um experimento híbrido do sueco Piotr Winiewicz, baseado em roteiro totalmente escrito por IA. O longa teve como inspiração uma frase de Werner Herzog, que afirmava que “um computador não fará um filme tão bom como o meu em 4.500 anos”. Ele e sua equipe desenvolveram uma ferramenta que imita o estilo de Herzog, treinada com voz e as obras do cineasta. O documentário conta com entrevistas de filósofos e cientistas e trechos dramatizados, mas não é possível identificar onde e quando a IA foi usada. Outra obra que contribuiu na discussão foi o filme Eno, sobre o músico e compositor Brian Eno, exibido na mostra paralela Signed. O documentário de Gary Hustwit combina centenas de horas de arquivo do artista britânico com material filmado pelo diretor, de uma maneira que a IA cria diferentes versões para o mesmo longa, sem que o conteúdo se repita. Os debatedores concordaram que é preciso compreender a IA como uma ferramenta que exige pensamento crítico e trabalho para ser utilizada de forma eficaz. (Globo)

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