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PF segue rastro do dinheiro que teria sido entregue por Braga Netto

Após prender o general Walter Braga Netto no sábado, a Polícia Federal (PF) agora segue o rastro do dinheiro que, segundo o tenente-coronel Mauro Cid, foi entregue pelo ex-ministro da Casa Civil e da Defesa para financiar a tentativa de golpe e a execução de altas autoridades da República. Segundo a delação de Cid e informações da PF, foi com dinheiro transportado por Braga Netto e entregue ao major Rafael de Oliveira que teria sido comprado um celular usado na organização de crimes. Ainda de acordo com Cid, os recursos que passaram por Braga Netto teriam sido levantados junto ao “pessoal do agronegócio”. Os investigadores identificaram que, nas semanas seguintes, o major usou dinheiro em espécie. Em novo depoimento prestado no último dia 21, Cid mudou sua versão e disse que, dias depois de uma reunião no dia 12 de novembro de 2022, o coronel esteve em reunião com ele e Braga Netto, quando o general entregou o dinheiro, dentro de uma sacola de vinho, para a realização da operação. A participação de integrantes do setor de agronegócio já foi identificada em outros momentos. Relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) aos quais o GLOBO teve acesso apontaram a participação de produtores rurais na suposta articulação de atos antidemocráticos e no bloqueio de rodovias. A PF conseguiu identificar que, no dia 15 de dezembro, o major comprou um celular em uma loja de Goiânia com dinheiro vivo. A nota fiscal aponta que o celular foi comprado por R$ 2,5 mil, e pago com “dinheiro à vista”. O celular foi adquirido pela esposa de Rafael de Oliveira. (Globo)

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