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O mercado editorial está em transformação com o crescimento dos audiolivros e o impacto da inteligência artificial. Pelo menos é o que disse Brian Murray, CEO da HarperCollins, durante a UBS Global Media and Communications Conference. Em seu discurso, ele destacou como a entrada do Spotify no segmento de audiolivros representa um avanço estratégico e detalhou os desafios e oportunidades trazidos pela IA para a indústria. Segundo Murray, os audiolivros estão ultrapassando os e-books em receitas, consolidando-se como uma força para compensar a desaceleração das vendas digitais. Ele elogiou o modelo adotado pelo Spotify, que permite aos assinantes Premium desfrutarem de 15 horas gratuitas de audiolivros. O relacionamento entre a editora e o Spotify segue um modelo de distribuição por atacado, que paga à HarperCollins com base no consumo real, beneficiando também os autores, que recebem royalties claros e diretos. Murray destacou ainda que o Spotify está expandindo sua oferta para novos mercados globais e que ajustes técnicos, como a inclusão de planos familiares, devem ampliar ainda mais o público. Além disso, Murray comentou o papel da inteligência artificial no setor. Ele reconheceu os riscos, como a proliferação de conteúdo de baixa qualidade competindo pela atenção do público, mas afirmou que acredita que obras de alto valor continuarão prevalecendo. Internamente, a IA já está sendo usada em dezenas de iniciativas na HarperCollins, desde marketing até vendas, para aumentar a eficiência. Murray vislumbrou um futuro em que manuscritos possam ser rapidamente convertidos em roteiros de cinema ou televisão, acelerando a entrada de obras literárias em outros mercados. (TechCrunch)