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Adaptações literárias dominam as estreias nos cinemas

A animação ‘O Senhor dos Anéis – A Guerra dos Rohirrim’ é baseada em apêndices do livro de J.R.R. Tolkien. Imagem: Divulgação

O que é melhor, o livro ou o filme? Essa polêmica tão antiga quanto o cinema ganha novos elementos nesta semana, já que as estreias são dominadas por adaptações literárias. O destaque é a animação O Senhor dos Anéis – A Guerra dos Rohirrim, baseada em textos de J.R.R. Tolkien. A ação é centrada em Helm Mão-de-Martelo, rei de Rohan, a nação de cavaleiros aliada de Gondor na trilogia de Peter Jackson, produtor executivo deste filme. Miranda Otto repete o papel de Eowyn, agora narradora da história, passada quase 200 anos antes das aventuras e desventuras de Frodo e seus amigos.

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Publicado como folhetim entre 1844 e 1846, O Conde de Monte Cristo é um dos maiores clássicos da literatura de aventura e ganha mais uma adaptação para o cinema, legitimamente francesa. Pierre Niney vive Edmond Dantès, um jovem oficial mercante preso após uma denúncia falsa feita por três supostos amigos invejosos de sua carreira e sua noiva. Na prisão, um colega/mentor o educa e, antes de morrer, revela a localização de um tesouro, que ele usará para se vingar após fugir e ser dado como morto.

Outra história várias vezes adaptada para as telas é Chapeuzinho Vermelho, um sombrio tema folclórico europeu posto no papel primeiro por Charles Perrault no século 17 e 200 anos depois, na forma mais infantil que conhecemos hoje, pelos irmãos Grimm. Agora chega às telas uma versão russa, Chapeuzinho Vermelho – Herança de Família, em ritmo de aventura, com a moça tendo de enfrentar lobisomens e um segredo de família. Sim, a trama é fortemente inspirada em A Garota da Capa Vermelha, de 2011.

Também baseado em livro, mas em uma história real, Inexplicável, de Fabrício Bittar, fala de Gabriel Varandas, um menino de 8 anos que, após vencer um campeonato de futsal, desenvolve uma doença grave e chega a ser declarado morto. Os pais do garoto, vividos por Letícia Spiller e Eriberto Leão, têm apenas a fé como apoio.

A morte é o tema do drama alemão Dying – A Última Sinfonia, escrito e dirigido por Matthias Glasner, que ganhou o prêmio de melhor roteiro no último Festival de Berlim. O longa acompanha uma família onde casa pessoa, do casal de idosos aos filhos com relacionamentos problemáticos, tem um fardo e todas as situações convergem para o fim inevitável.

No campo dos documentários, vale conferir Os Sonhos de Pepe, que acompanha o ex-presidente uruguaio Pepe Mujica em suas viagens e atividades pelo mundo defendendo um modo de vida mais sustentável ecologicamente e justo socialmente. Nem a idade nem a saúde o desviam desse caminho ou abalam suas convicções.

Do Brasil vem Empate, de Sérgio de Carvalho, que dá voz aos seringueiros do Acre que protagonizaram nos anos 1970 e 80 um movimento pela defesa da floresta, marcado pelo assassinato de seu líder, Chico Mendes, em dezembro de 1988.

E quem não passa sem uma podreira conta com Sting: A Aranha Assassina, cujo título não deixa muita margem para a imaginação. Uma adolescente entediada adota uma aranhinha à qual dá o nome de Sting (Ferroada, nenhuma relação com o vocalista do Police). O bicho cresce, cresce, cresce e transforma o prédio onde ela vive num buffet. Se você tem aracnofobia, não assista. Se gosta de bons filmes, também não.

Confira a programação completa nos cinemas da sua cidade. (AdoroCinema)

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