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Se livrar de Alexandre de Moraes é a principal estratégia da defesa de Jair Bolsonaro (PL), indiciado pela Polícia Federal por abolição violenta do Estado de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. Para isso, a defesa do ex-presidente protocolou nesta segunda-feira no Supremo Tribunal Federal mais um pedido de impedimento do ministro no inquérito do golpismo. Solicitação anterior já havia sido negada pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, em fevereiro passado. O recurso vai ser julgado a partir desta sexta-feira, conta Malu Gaspar. A argumentação foi feita com base no relatório final da PF que indiciou 37 pessoas, incluindo Bolsonaro. Os advogados defendem que Moraes não pode ser relator do processo, por ele ser apontado nos autos como uma das “vítimas diretas” da trama golpista. Para a defesa, haveria “inconstitucionalidade, ilegalidade e arbitrariedade” na manutenção das investigações sob a relatoria de Moraes, uma vez que as revelações da investigação da PF configurariam um “claro e evidente interesse pessoal” do ministro na conclusão do processo. (Globo)