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O ex-ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, acusou o país de cometer crimes de guerra e limpeza étnica na Faixa de Gaza, uma crítica incomum vinda de um membro do establishment de segurança em tempos de conflito. Seus comentários surgem em meio a crescentes questionamentos sobre a conduta das forças armadas israelenses na região.

As afirmações de Yaalon rapidamente foram negadas e condenadas pelos aliados do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que afirmaram que suas palavras poderiam prejudicar Israel e fortalecer seus inimigos. Yaalon, que atuou como chefe do Estado-Maior do Exército israelense durante a segunda intifada e como ministro da Defesa durante a guerra de 2014 em Gaza, rompeu com Netanyahu em 2016 e desde então se tornou um crítico do líder israelense.

Durante um evento no último sábado, Yaalon denunciou as ações do governo Netanyahu em Gaza, afirmando que o país estava sendo levado a um caminho de ocupação, anexação e limpeza étnica. Ele chamou a atenção para a situação na faixa norte de Gaza e expressou preocupação com a possibilidade de que Israel comece a construir assentamentos na região, uma ideia apoiada por políticos de extrema direita no governo de Netanyahu.

Essas declarações destacam o crescente descontentamento entre alguns setores da sociedade israelense em relação às políticas do governo em Gaza, em um momento em que o debate sobre a abordagem militar do país se intensifica. (New York Times)