Dívida pública bruta sobe em outubro e superávit primário fica abaixo do esperado
A dívida bruta do Brasil, aquela que não desconta os ativos do Estado, aumentou para 78,6% do PIB em outubro, tendo vindo de 78,2% no mês anterior, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira. O crescimento foi impulsionado por fatores como a alta dos juros, a desvalorização cambial e a variação do PIB nominal. No acumulado de 2024, a dívida bruta subiu 4,2 pontos percentuais do PIB, alcançando R$ 9 trilhões. Já a dívida líquida caiu levemente para 62,1% do PIB em outubro, frente aos 62,4% registrados em setembro, devido à desvalorização cambial e ao superávit primário de R$ 36,9 bilhões no mês, abaixo da expectativa de R$ 40 bilhões projetada por analistas. O Governo Central apresentou um saldo positivo de R$ 39,1 bilhões, enquanto estados e municípios registraram um déficit de R$ 1,9 bilhão e as estatais tiveram saldo negativo de R$ 360 milhões. Os juros nominais somaram R$ 111,6 bilhões em outubro, refletindo perdas com operações de swap cambial (R$ 30,3 bilhões), instrumento do BC para estabilizar a moeda, e um aumento no IPCA do período. (Meio)