Desemprego no Brasil cai para 6,2% em outubro, ao menor nível da série histórica
Segundo o IBGE, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,2% no trimestre encerrado em outubro de 2024, marcando o menor nível já registrado pela série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. O índice representa uma redução de 0,6 ponto percentual em comparação ao trimestre anterior (6,8%) e uma queda de 1,4 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2023 (7,6%). A população ocupada atingiu um recorde de 103,6 milhões de pessoas, resultado de um aumento de 1,5% no trimestre e 3,4% no ano. Ao mesmo tempo, o contingente de pessoas desocupadas caiu para 6,8 milhões, uma redução de 8% no trimestre (591 mil pessoas) e de 17,2% no ano (1,4 milhão de pessoas), registrando o menor número de pessoas sem algum tipo de ocupação desde 2014. O setor privado se destacou na criação de empregos, atingindo 53,4 milhões de trabalhadores, o maior número já registrado. Entre os empregados com carteira assinada, foram contabilizados 39 milhões de pessoas, um aumento de 1,2% no trimestre e de 3,7% no ano. Já o número de empregados sem carteira assinada no setor privado também foi recorde, chegando a 14,4 milhões, com altas de 3,7% no trimestre e de 8,4% no ano. A informalidade representou 38,9% da população ocupada, ou 40,3 milhões de trabalhadores.
O rendimento médio real dos trabalhadores foi de R$ 3.255, apresentando estabilidade no trimestre e crescimento de 3,9% no ano. A soma dos rendimentos de todos os trabalhadores atingiu R$ 332,6 bilhões, um aumento de 2,4% no trimestre e de 7,7% em comparação ao mesmo período de 2023. A taxa de subutilização da força de trabalho, que inclui pessoas subocupadas, desalentadas ou disponíveis para trabalhar mais horas, recuou para 15,4%, o menor índice desde 2014. Quanto à análise do crescimento do emprego por setores, destacaram-se os aumentos na Indústria Geral (2,9%), Construção (2,4%) e Outros Serviços (3,4%). Em relação ao mesmo período de 2023, sete setores registraram alta. Por outro lado, a agricultura sofreu queda de 5,3% no ano, perdendo 446 mil postos de trabalho. (Meio)