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Elon Musk: A Tomada do Twitter

Um garoto magricela e perspicaz, cuja inteligência se fazia inútil no parquinho. Ali, era constantemente intimidado pelos valentões. “Intimidado” é um modo sutil de dizer. Apanhava até o rosto sangrar. Os primeiros anos de vida do frágil rapaz emergem no documentário Elon Musk: A Tomada do Twitter. Na obra, o jornalista James Jacoby segue os passos do bilionário para entender como foi o processo de compra da rede — e o que isso significou para o mundo. Jacoby conta como o menino cresceu, fez crescer sua fortuna — sem deixar de lado o humor juvenil, nem as piadas infantis sobre pum que tanto o fazem rir — e construiu seu próprio playground global e sem regras: um espaço onde excêntricos e astutos se expressam sem limitações, atraindo seguidores que endossam suas ideias.

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Kara Swisher, jornalista veterana do Vale do Silício e uma das observadoras mais próximas da ascensão de Musk, adiciona uma camada à caricatura do sul-africano. Para ela, há um elemento fascinante do universo infantil que permeia sua figura: “ele jura que é o Homem de Ferro”. Após inúmeras entrevistas com Musk, Swisher revela a chave para entender seu modus operandi: por trás de todas as suas ações, sempre há um grande objetivo. Para salvar o meio ambiente, ele comprou a Tesla e iniciou a revolução dos veículos elétricos. E se isso não for suficiente, o plano B é colonizar Marte através da SpaceX. Mas, antes de tudo, havia uma missão ainda mais urgente: salvar a liberdade de expressão.

Movido por esse propósito, pela frustração gerada durante a pandemia e por sua impulsividade incontrolável, Musk fez uma oferta bilionária para adquirir o Twitter em abril de 2022. Em poucos dias, a transação transformaria a rede social em X, onde Yoel Roth, então chefe de segurança da plataforma, alcançou uma posição de destaque e passou a desafiar Musk. Roth, aliás, conta como foi brutalmente exposto pelo bilionário, tendo sua vida ameaçada pela extrema direita.

Costurando os relatos do renomado biógrafo Walter Isaacson, Swisher, Roth e outras figuras próximas de Musk, o documentário reconstrói como, da noite para o dia, mais de 17 anos de história do Twitter passaram para as mãos do magnata. Essas vozes, testemunhas da transição, detalham as drásticas mudanças vividas dentro da companhia, como demissões em massa e episódios de assédio, até que a rede social virasse uma terra sem lei. Sem lei, não. A plataforma se transformou em um espaço que passou a servir exclusivamente aos desejos de seu dono, que, ao driblar jurisdições, criou suas próprias regras — sempre alinhadas com sua filosofia pessoal: a única regra é nunca se submeter a nenhuma outra. Imperdível, o documentário produzido pela PBS é dividido em duas partes e está disponível no streaming do Meio para assinantes premium. Confira!



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