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Bruxas cantantes da Broadway para a tela

Ariana Grande e Cynthia Erivo são as feiticeiras de ‘Wicked’. Foto: Divulgação

Broadway e Hollywood dialogam desde Amor Sublime Amor, de 1961, com mão dupla entre palcos e telas, quase sempre de grande sucesso. O mais recente produto desta parceria, Wicked, é a principal estreia desta quinta-feira nos cinemas. Trata-se um prelúdio do Mágico de Oz, mas sem relação com Oz: Mágico e Poderoso, de 2013. Aqui, Elphaba (Cynthia Erivo), uma jovem excluída por ter a pele verde, acaba ficando amiga da fútil e ambiciosa Glinda (Ariana Grande). Como elas vão inverter os papéis e se tornarem a Bruxa Má do Oeste e a Bruxa Boa do Sul é o que vamos descobrir, entre uma cantoria e outra.

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Também merece destaque A Favorita do Rei, escrito, dirigido e estrelado pela francesa Maïwenn (Besco) no papel de Jeanne Bécu, uma jovem de origem humilde que abriu caminho na corte francesa até se tornar amante do rei Luís XV (Johnny Depp, gastando seu francês). O longa, que abriu o festival de Cannes de 2023, veio cercado de polêmicas, a começar pela escalação de Depp, recém-saído da vitória no processo de difamação contra a ex-mulher Amber Heard, que o acusou de violência doméstica. Maïwenn também foi acusada de agressão por um jornalista francês que veiculou denúncias nunca comprovadas de assédio contra o ex-marido dela, o premiado diretor Luc Besson. Polêmicas à parte, é uma bem-feito trabalho de reconstituição histórica.

Igualmente ambientado no passado francês, Vencer ou Morrer se passa em 1793, em plena Revolução. Charette (Hugo Becker) é um marinheiro decide voltar para sua cidade em busca de paz, mas tem de se tornar líder dos camponeses locais, tão oprimidos pela nova ordem revolucionária quanto eram pela nobreza e pelo clero.

Para quem não gosta nem cantoria nem de dramas históricos, há uma boa lista de suspense, terror a ação. Em Herege, por exemplo, duas jovens missionárias tentam sem sucessos atrair pessoas da comunidade para sua igreja e se animam quando encontram receptividade no simpático sr. Reed (Hugh Grant). O ânimo do proselitismo as faz cair em uma armadilha e agora, presas numa casa isolada, vão precisar de mais do que fé e versículos para sobreviverem.

Do Brasil vem A Herança, de João Cândido Zacharias. Thomas (Diego Montez) um jovem que mora na Alemanha, volta ao Brasil com o namorado após a morte da mãe, com que tinha pouco contato. Descobre que herdou uma casa no interior onde vivem duas tias fofas, que os recebem com todo o amor e carinho. Mas, claro, nem tudo é o que parece, ou não seria um filme de terror e suspense.

Quem odeia influenciadores digitais e reality shows vai se deliciar com Reality de Horror – Influencers em Pânico. Um grupo de subcelebridades das redes se reúne numa luxuosa mansão em Hollywood sem saber que fazem parte de um jogo macabro idealizado por um maníaco homicida. Vão viver (e morrer) situações horripilantes. Ok, não tão horríveis quanto muito do que influenciadores de verdade produzem, mas bem ruins.

Mais para a ficção científica, A Linha da Extinção traz no elenco a brasileira Morena Baccarin na história de um grupo de sobreviventes de uma invasão alienígena genocida. Por algum motivo (acrofobia, talvez), os extraterrestres não conseguem chegar a lugares acima de 2.400 metros, e os humanos precisam ultrapassar essa altitude para terem alguma chance de sobrevivência.

Cansou de sangue e sustos? Vamos então para o tocante drama brasileiro Avenida Beira-Mar, de Maju de Paiva e Bernardo Florim. O filme fala de uma jovem que, após a separação dos pais, se sente isolada na casa em que vive com a mãe. Sua vida vai mudar ao fazer amizade com Mika, uma garota trans que sofre com a falta de aceitação por parte da família e da comunidade em que vive.

Também do Brasil, Retrato de um Certo Oriente, de Marcelo Gomes, é baseado no livro homônimo de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti. Em 1949, um casal de irmãos cristãos deixa o Líbano, fugindo da guerra, em direção ao Amazonas. Na viagem, a jovem Emilie se apaixona pelo muçulmano Omar, para desagrado de seu irmão. Os ciúmes, a intolerância religiosa e os reflexos do conflito em sua terra natal vão cobrar um preço alto.

Entre a comédia e o drama, Tesouro conta a história de uma jornalista (Lena Dunham) que viaja para a Polônia e convence o pai (Stephen Fry) a acompanhá-la. O problema é que ele é um judeu polonês sobrevivente do Holocausto e havia jurado deixar para trás aquelas lembranças. Até que ponto seu bom-humor vai resistir a esse reencontro com um passado trágico?

Apesar de se chamar 171, o documentário de Rodrigo Siqueira não engana. O longa retrata seis pessoas reais que cumprem pena por estelionato em presídios de São Paulo, apresentando suas histórias e questionando até que ponto esses criminosos não são atores que levaram seu talento para o lado errado.

E se você também ama música, Razões Africanas é um prato cheio. O filme de Jefferson Mello traça a influência na cultura dos africanos sequestrados e trazidos escravizados para as Américas, em particular em três ritmos fundamentais: o blues, a rumba e o jongo.

Confira a programação completa nos cinemas da sua cidade. (AdoroCinema)

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