Pesquisadores do Field Museum, nos Estados Unidos, revelam detalhes sobre a preservação de corpos no Egito Antigo usando tomografias de múmias. Uma delas, Chenet-aa, estava envolta em uma cartonagem — invólucro semelhante a papel-machê — que parecia lacrada, intrigando os cientistas. Os exames revelaram que o invólucro foi moldado diretamente ao redor do corpo e depois aberto, do pescoço aos pés, para acomodar a múmia já enfaixada. As costuras foram seladas com um painel de madeira.
Além disso, o estudo apontou que Chenet-aa perdeu vários dentes devido ao consumo de alimentos com grãos de areia, comum na época. Veja as imagens aqui.
Outra múmia analisada, Harwa, viveu no mesmo período e ocupou o cargo de porteiro do celeiro real. Ele morreu entre 40 e 45 anos, e a ausência de lesões por trabalho repetitivo, somada ao excelente estado de seus dentes, indica que possuía uma posição social privilegiada e acesso a alimentos de alta qualidade.
Os achados reforçam como as práticas funerárias dos egípcios refletiam sua visão da vida após a morte, que incluía uma preparação detalhada e simbólica para garantir uma existência eterna. (UOL)