Estudo da FGV aponta que desigualdade afeta redução de pobreza
Um estudo do Centro de Estudos para o Desenvolvimento do Nordeste da FGV Ibre, com base em dados da Pnad Contínua, destaca a relação entre a concentração de riqueza e as dificuldades para reduzir a pobreza nas capitais brasileiras, especialmente no Norte e Nordeste. A pesquisa aponta que o desenvolvimento do mercado de trabalho formal é essencial para diminuir a desigualdade e melhorar os índices sociais. Florianópolis se destaca com a maior renda domiciliar per capita média (R$ 4.099), enquanto Rio Branco tem o menor valor (R$ 1.319). Quanto a desigualdade, João Pessoa possui o maior índice de Gini (0,629), revelando extrema disparidade na distribuição de renda. Rio Branco é a capital com mais pobreza, com 42,8% da população em situação de pobreza, seguida por Recife (37,8%), enquanto Florianópolis e Curitiba apresentam índices mais baixos, de 4,5% e 8,7%, respectivamente. O Nordeste enfrenta desafios críticos, com sete das dez capitais com maior desemprego localizadas na região, destacando-se Recife com 16,1%. A informalidade também é alta, especialmente em São Luís (65,8%). (Valor)