Governo deve definir cortes esta semana, mas precisa convencer ministros insatisfeitos
O governo federal definirá esta semana detalhes do pacote de corte de gastos. Apesar da pressão da equipe econômica e do mercado, ministros resistem aos cortes em suas respectivas pastas e dizem que a mudança no orçamento pode impedir as entregas prometidas pela gestão. O presidente Lula passou o fim de semana em Brasília estudando as opções e ouvindo seus auxiliares. Desde segunda-feira, o Planalto realizou quatro reuniões para formular o corte de gastos: três com a presença de Lula, e uma conduzida pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, é um dos que demonstraram insatisfação. Ele descartou mudanças em benefícios trabalhistas como seguro-desemprego, abono salarial e multa de 40% do FGTS em caso de demissão por justa causa, e ameaçou deixar o cargo. Já o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, enviou mensagem a jornalistas negando a possibilidade de cortes no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e no Bolsa Família. Apesar de Lula defender publicamente que gastos com Saúde e Educação são investimentos, as duas áreas estão na mira do pacote. (Correio Braziliense)