Tema central na eleição presidencial, veja como estados americanos decidiram sobre o aborto
Nas eleições de terça, americanos votaram sobre a inclusão do direito ao aborto em suas constituições estaduais em 10 estados. O Missouri votou para alterar sua constituição estadual para proteger os direitos ao aborto — um movimento que prepara o estado para se tornar o primeiro desde a queda de Roe v Wade, decisão da Suprema Corte que garantia o direito ao aborto no país. O mesmo aconteceu com os eleitores no estado-pêndulo do Arizona, que aprovou o direito fundamental ao aborto e proibiu o estado de restringir ou banir o aborto antes de 24 semanas — uma vitória para os ativistas que buscavam expandir o acesso além de 15 semanas.
Decisões semelhantes foram registradas em Nevada e em Montana, que validou entendimento de 1999 da Suprema Corte Estadual que dizia que o direito à privacidade protege o direito ao aborto e à escolha do paciente de onde realizá-lo. Colorado, Nova York e Maryland também aprovaram medidas para alterar suas constituições estaduais para proteger os direitos ao aborto e consolidar o status desses estados como refúgios para o procedimento.
No entanto, na Flórida, um esforço para revogar uma proibição do aborto feito após seis semanas fracassou, assim como tentativas de expandir proteções em Nebraska e Dakota do Norte.
Antes de terça-feira, sete estados haviam realizado referendos relacionados ao tema, e os defensores dos direitos ao aborto venceram todos eles antes de a Flórida quebrar a série de vitórias.
Os resultados das medidas aprovadas nas urnas na última terça não serão a palavra final. Os estados que votarem para derrubar as proibições podem esperar litígios e novas legislações antes que as proibições sejam revogadas. (Guardian)