Moradores do Tibete passam por adaptação evolutiva com falta de oxigênio
Um estudo publicado no periódico PNAS aponta que o ser humano continua em processo de evolução, com as comunidades que vivem nas grandes altitudes no platô do Tibete se adaptando aos baixos níveis de oxigênio. Os pesquisadores coletaram informações, como dados reprodutivos e amostras de DNA, de 417 mulheres tibetanas entre 46 e 86 anos que vivem entre 3.657 e 4.267 metros de altitude. O objetivo era entender como a distribuição de oxigênio no organismo influenciava o número de partos de bebês vivos, considerado uma medida-chave de boa adaptação evolutiva. A pesquisa descobriu que aquelas que tiveram mais filhos tinham uma coleção única de características sanguíneas e cardíacas que auxiliavam seus corpos a distribuírem oxigênio. As células sanguíneas recebem oxigênio mais eficiente sem deixar o sangue mais viscoso, que aumenta o esforço cardíaco. As crianças também herdaram os traços de sobrevivência das mães, tendo maior probabilidade de passar essa qualidade à próxima geração. (UOL)