Brasil dobra participação no investimento estrangeiro direto global
Mesmo diante de um cenário global e interno desafiador, o Brasil conseguiu dobrar sua participação no investimento estrangeiro direto (IED) mundial de 2015 a 2023, passando de 2,4% para 5%. O crescimento ocorreu apesar de recessões, crises políticas, o aumento do nacionalismo econômico e a pandemia. No entanto, especialistas como Celio Hiratuka, da Unicamp, ressaltam a necessidade de avaliar se esses investimentos estão contribuindo para a modernização da economia, promovendo tecnologia e inovação, ou apenas reforçando a dependência de commodities. A pegada de carbono mais leve do Brasil também representa uma oportunidade para investidores europeus em busca de energia limpa. No entanto, a exploração desse potencial depende de avanços na regulamentação do mercado de carbono e na comercialização de produtos feitos com energia renovável. A possível recuperação do grau de investimento pelas agências de rating é vista como uma chance de atrair ainda mais capital, com a economia brasileira mostrando sinais de recuperação e superando expectativas de crescimento, o que já se tornou meta do governo até 2026. (Valor)