Como a IA pode ser boa para o cinema
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Para ler com calma. A adoção da IA em Hollywood tem gerado temor e desconfiança por grande parte da indústria cinematográfica, por conta do corte de empregos e desaparecimento de funções que a tecnologia pode gerar. Mas, nem todos estão temerosos com a chegada de novas ferramentas nas produções audiovisuais. O setor de efeitos visuais tem utilizado IA para produzir cenas melhores com menores custos e orçamento. Ed Ulbrich, diretor de conteúdo da Metaphysic e importante nome da área de efeitos, conta que está trabalhando com recursos de deep fake mais avançado do que o CGI amplamente utilizado em pós-produção. “Eu poderia tirar toda a minha equipe dos meus antigos locais de trabalho, eu poderia colocá-los para a eternidade usando as melhores ferramentas de CGI que o dinheiro pode comprar, e você não pode entregar o que estamos mostrando aqui. E isso está acontecendo em milissegundos”, conta.
Um exemplo de como essas ferramentas são poderosas e podem produzir filmes com melhor qualidade visual, é o longa Here, recém-lançado nos Estados Unidos. Dirigido por Robert Zemeckis e estrelado por Tom Hanks, o filme se passa em um único lugar do mundo, principalmente uma sala de estar acompanhando um casal em vários estágios da vida. Um detalhe que chamou a atenção foi a capacidade de rejuvenescimento e envelhecimento dos atores durante a trama. Zemeckis afirma que o filme não poderia ter sido realizado três anos atrás sem a tecnologia por conta da dificuldade de produção, que envolveria a contratação de centenas de artistas de efeitos visuais, dezenas de milhões de dólares e meses de trabalho de pós-produção. “Factível em teoria, mas os grandes estúdios não gastam esse tipo de dinheiro em filmes como Here”, pondera. (New York Times)