Brasil veta convite à Venezuela para ser parceiro do Brics

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O Brasil vetou informalmente a admissão da Venezuela como país parceiro do Brics, nova categoria de associação que é a novidade da 16ª reunião de cúpula do grupo, que começou nesta terça-feira em Kazan, na Rússia. O país de Nicolás Maduro ficou de fora de uma lista preliminar de 12 convidados que inclui, segundo a Folha, Cuba e Bolívia, Indonésia e Malásia, Uzbequistão e Cazaquistão, Tailândia e Vietnã, Nigéria e Uganda, Turquia e Belarus. Ainda pode haver mudanças na reunião dos chefes de Estado e de governo que acontece nesta quarta-feira. De acordo com um diplomata, a Argélia voltou ao páreo. A ausência da Venezuela é um tema controverso. Vladimir Putin, o anfitrião, tem estreita relação com Maduro, mas também é próximo de Cuba e Bolívia, que são bem vistos pelo Brasil. (Folha)

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A cúpula é talvez o evento internacional de maior destaque na Rússia desde que Putin ordenou a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022. Isolado pelo Ocidente devido ao conflito, ele obteve uma vitória diplomática ao receber os líderes de China, Índia e África do Sul na abertura do encontro do bloco, que busca reequilibrar a ordem mundial dominada pelos Estados Unidos. “A cooperação Rússia-China nos assuntos internacionais é um dos principais fatores de estabilização do mundo”, disse Putin ao presidente chinês, Xi Jinping, a quem se dirigiu como “querido amigo” em uma reunião bilateral. “Continuaremos a colaborar para estabelecer uma ordem mundial justa.” (New York Times)

E o presidente Lula conversou por telefone com Putin nesta terça-feira. De acordo com o Palácio do Planalto, “serão feitos os arranjos para a participação” do petista na cúpula por videoconferência. Lula não pôde ir a Kazan devido ao acidente doméstico que sofreu na noite de sábado, batendo a nuca e levando cinco pontos. A previsão é que Lula destaque dois pontos na reunião: a reforma da governança global, com foco no Conselho de Segurança da ONU; e a busca de formas para que os países do bloco dependam menos do dólar nas transações comerciais e de organismos multilaterais de crédito, como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial. (Globo)

Os médicos de Lula divulgaram nota em que dizem que o exame de imagem realizado nesta terça-feira “está estável” na comparação com o anterior e que o presidente “está apto a exercer sua rotina de trabalho”. Ele deve ser submetido a um novo exame em 72 horas. (g1)

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