Campos Neto: para ter juros mais baixos no longo prazo, é preciso fazer um choque fiscal
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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a relacionar períodos na história recente do Brasil no qual houve uma melhora na percepção fiscal por parte dos agentes de mercado com períodos em que os juros puderam cair de forma mais consistente e destacou que para que o país consiga conviver com taxas mais baixas de maneira duradoura, é preciso que haja algum tipo de choque fiscal positivo. “Toda vez que o Brasil conseguiu cortar os juros nos últimos anos e mantê-los baixos por algum tempo, tivemos medidas fiscais que permitiram isso”, apontou, lembrando, por exemplo, do primeiro mandato do presidente Lula, quando o governo foi capaz de entregar superávits fiscais consecutivos, e da aprovação do teto de gastos no governo de Michel Temer. Para o presidente do BC, há uma falta de confiança em parte do mercado de que o arcabouço fiscal conseguirá entregar suas promessas. “Está ficando claro que se o Brasil quiser ter juros baixos de modo estrutural, precisa criar algum tipo de choque fiscal positivo em algum ponto do tempo”, disse durante evento em São Paulo. (Valor)