Universidade não reconhece diploma de biomédica que assinou teste de HIV no Rio
O diploma de biomédica apresentado por Jacqueline Iris Bacellar de Assis, 36 anos, que trabalhava no PCS Lab Saleme, não foi reconhecido pela Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera. Sua assinatura aparece em um dos laudos que atestaram resultado negativo para HIV em um dos doadores de órgãos. O erro fez com que seis pacientes recebessem órgãos infectados com o vírus, testando positivo na semana passada. O certificado de formação foi entregue ao laboratório em agosto deste ano no momento da contratação, mas a Unopar disse em nota, nesta terça-feira, que “não emitiu certificado de conclusão de curso de graduação, de qualquer natureza” para Jacqueline. Ela se entregou à Polícia Civil hoje à tarde. (g1)
Além do diploma, o registro de biomédica usado por Jacqueline na assinatura eletrônica do laudo também é de outra pessoa. Em nota, o Conselho Regional de Biomedicina da 1ª Região (CRBM1) informou à CNN que o número utilizado pertence à profissional Júlia Moraes de Oliveira Lima, que não exerce mais a profissão e está com o cadastro inativo desde junho de 2023. O órgão afirma que Jacqueline não possui registro profissional. O advogado de defesa disse que ela tem certificação na área de patologia e “desconhece qualquer documento” sobre curso de biomedicina apresentado pelo laboratório. Alega ainda que a profissional atuava no PCS Lab há cerca de um ano como assistente administrativa e não tinha poder para assinar laudos e resultados de exames. (CNN Brasil)
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, classificou nesta terça-feira como “inadmissível” a infecção de pacientes por transplantes no Rio de Janeiro. A titular da pasta disse que trabalha com a coordenação do Sistema Nacional de Transplantes, a Secretaria de Saúde do Rio e com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para apurar o caso. O ministério também abriu portaria própria e acionou a Polícia Federal para investigar. (g1)