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Após o segundo turno das eleições municipais, no próximo dia 27, o Ministério da Fazenda deve anunciar medidas estruturais de contenção de gastos, como parte da agenda liderada pela Secretaria de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas do Ministério do Planejamento, como ajustes nas regras de abono salarial, seguro-desemprego e Benefício de Prestação Continuada (BPC). A Fazenda avalia que isso é necessário para que o país recupere o grau de investimento até o fim do governo Lula, em 2026. E esse discurso vai ser defendido pela pasta de Fernando Haddad para convencer o presidente e o Congresso da necessidade de tais medidas e tentar blindá-las. O recado também é importante para o mercado, que ficou incomodado nos últimos dias com os planos do governo para aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda, sem uma medida concreta para conter a escalada das despesas obrigatórias. A notícia de um imposto mínimo sobre a renda de milionários também incomodou os investidores, que temem que o governo esteja com foco no aumento de receitas, deixando o corte estrutural de gastos de lado. Nesta segunda-feira, porém, Haddad, afirmou que não sabe se será possível encaminhar a reforma do IR neste ano e que quer terminar “tarefas inconclusas”, como o programa de revisão dos gastos. (Globo)