A importância da cidade de São Francisco na formação política de Kamala Harris

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Para ler com calma. Na política americana, o “liberal de São Francisco” tem sido um insulto há décadas. Não é de surpreender que o adversário de Kamala Harris, Donald Trump, tenha procurado ir mais longe, rotulando-a de “camarada Kamala”. É verdade que o estado atual da cidade não é uma propaganda de políticas progressistas. Suas ruas são assombradas por viciados em fentanil, chapados e inertes. Mas a maioria dos americanos não entende a política de partido único da cidade. O poder em São Francisco sempre foi mais complicado do que parece à distância. Comunidades de imigrantes enraizadas dominam uma cidade cuja alma permissiva a tornou um foco de contracultura e um ímã para hippies, homossexuais, Panteras Negras e outros. A riqueza tradicional, do transporte marítimo e dos bancos, mistura-se desconfortavelmente à nova, do setor farmacêutico e da tecnologia. E sob uma economia de ponta, os sindicatos prosperam sob o controle de uma máquina política urbana da velha escola. Longe de promover a harmonia, a hegemonia do Partido Democrata tende a tornar o combate mais cruel. A rapidez da ascensão de Harris irrita os críticos, que a atribuem a ela uma combinação de oportunismo e sorte, e não a habilidade política. Ela não teve de competir em primárias abertas para ganhar a indicação presidencial democrata, em vez disso, herdou-a de Joe Biden. Também destacam os resultados de sua campanha nas primárias de 2019, que ruiu em disfunções e recriminações antes mesmo de atingir o primeiro marco, o caucus de Iowa. Mas foi no cenário desafiador e particular de São Francisco que ela se formou politicamente. (Financial Times)

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