O Coringa está de volta e não está sozinho
Em abril de 1940, os leitores do Batman foram apresentados a um novo inimigo, o Coringa, um palhaço maníaco com o visual assumidamente inspirado no personagem de Conrad Veidt no clássico O Homem que Ri. Talvez nem seus autores imaginassem estar criando o mais célebre vilão dos quadrinhos e que, 84 anos depois, ele ganharia uma versão musical. Pois é. Chega nesta quinta-feira aos cinemas Coringa: Delírio a Dois, continuação do sucesso de 2019. Joaquin Phoenix retoma o papel (que lhe deu um Oscar) de Arthur Fleck, um comediante fracassado e enlouquecido que se torna um palhaço assassino e galvaniza a raiva represada do povo de Gotham City. Agora ele ganha a companhia de Lady Gaga como Arlequina, seu par romântico-tóxico – a diferença em relação à personagem original é que Harleen não é uma psiquiatra seduzida e enlouquecida pelo paciente, mas uma interna já tão doida quanto ele. A presença de números musicais não chega a ser (tão) estranha, uma vez que a música e especialmente a dança já faziam parte da loucura de Arthur desde o longa anterior.
Com a inteligência artificial entre as maiores preocupações da atualidade, a animação brasileira Placa-Mãe, de Igor Bastos, dá uma dimensão de fábula à ficção científica. No interior de Minas, em um futuro próximo, a androide Nadi consegue ser reconhecida como cidadã e ganha o direito de adotar os irmãos David e Lina. Mas um influenciador sensacionalista vai usar a situação polêmica para ganhar popularidade, criando problemas para a nova família e mostrando que uma máquina pode ser mais humana que os humanos.
Representante do Senegal na corrida pelo Oscar de melhor filme em língua estrangeira, Banel & Adama retrata o amor de casal em conflito com os costumes da pequena vila em que vivem. Apaixonados desde a infância, os dois só querem viver juntos em uma casa ora sepultada pela areia. Embora casados, os dois provocam fúria porque Adama rejeita o posto de chefe da tribo e porque Banel não quer ter filhos. Eles se bastam, mas isso não basta para seu mundo.
Outra história de amor, porém maduro, dá o tom do ítalo-brasileiro Até que a Música Pare, dirigido por Cristiane Oliveira. Após os filhos saírem de casa, Chiara (Cibele Tedesco) decide acompanhar o marido Alfredo (Hugo Lorensatti) em suas viagens como vendedor itinerante em bares de estrada pelo interior. Ao longo do caminho, vai descobrindo facetas até então desconhecidas do companheiro.
E, para quem não passa sem um susto, Querido David conta a história de um homem assombrado pelo fantasma de um menino que quer, a todo custo, provocar sua morte.
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