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O governo registrou um déficit primário de R$ 100 bilhões entre janeiro e agosto deste ano, segundo dados do Tesouro Nacional. O déficit primário ocorre quando as despesas do governo superam as receitas vindas de impostos. Os números do Tesouro mostram uma leve melhora em relação ao mesmo período do ano anterior, que registrou um déficit de R$ 105,88 bilhões. No entanto, esse valor representa o quinto pior resultado para esse intervalo desde o início da série histórica, em 1997. Na base mensal, em agosto, o déficit foi de R$ 22,4 bilhões, uma melhora em relação ao rombo de R$ 26,73 bilhões do mesmo mês do ano passado. As receitas líquidas totalizaram R$ 148,9 bilhões, enquanto as despesas somaram R$ 171,3 bilhões.

Apesar do déficit, a arrecadação do governo teve um desempenho recorde, com receitas líquidas alcançando R$ 1,38 trilhão, uma alta real de 8,4% em relação ao ano passado. No entanto, o aumento das despesas totais, de R$ 1,48 trilhão após expansão de 7,1%, foi um fator crucial para o resultado deficitário. No acumulado em 12 meses até agosto, o déficit totalizou R$ 227 bilhões, correspondente a 1,98% do Produto Interno Bruto (PIB). Para 2024, o governo estabeleceu a meta de zerar o déficit, mas a área econômica prevê um rombo superior a R$ 65 bilhões, dentro da meta. Além disso, excluem-se da meta R$ 38,6 bilhões em créditos extraordinários destinados ao enfrentamento de enchentes no Rio Grande do Sul, e R$ 514,5 milhões para combate a incêndios no Pantanal e na Amazônia. (g1)