Procurador mostra evidências de que Trump agiu de forma privada contra vitória de Biden
Para provar que Donald Trump pode ser julgado por tentar anular a vitória eleitoral de Joe Biden em 2020, depois de o Supremo Tribunal ter decidido que presidentes estão imunes a processos por atos oficiais, o procurador especial americano Jack Smith apresentou novas evidências para apoiar sua alegação de que o republicano agiu de forma privada. Um documento de 165 páginas detalha mensagens privadas de Trump com seu vice-presidente, Mike Pence, e outras pessoas, como seu advogado Rudolph Giuliani e altos funcionários da Casa Branca e do Partido Republicano. Mostra ainda quantas pessoas disseram a Trump que não havia provas de que a eleição foi roubada. O texto descreve o que Trump fazia em 6 de janeiro de 2020, quando seus apoiadores invadiram o Capitólio. Ao ser informado por um assessor sobre as medidas que estavam sendo tomadas para garantir a segurança de Pence, Trump “olhou para ele e disse apenas: ‘E daí?’”, alega a equipe de Smith. Os promotores pintaram um retrato de como Trump se recusou a emitir uma declaração pública para acalmar os apoiadores enquanto eles invadiam o Capitólio, até que todos os seus assessores o deixaram sozinho na sala de jantar da Casa Branca, onde uma televisão estava ligada na Fox News. O objetivo do documento é convencer a juíza distrital Tanya Chutkan de que as ações de Trump foram não oficiais, podendo permanecer como parte da acusação à medida que o caso avança. (Washington Post)