Dias secos e com incêndios mais que triplicam na Amazônia e Pantanal, revela estudo

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A América do Sul está se tornando mais quente, seca e suscetível a incêndios florestais, segundo um novo estudo publicado na revista Nature Climate Change (íntegra). As mudanças climáticas são apontadas como as principais responsáveis por intensificar as secas e elevar as temperaturas, criando condições favoráveis para incêndios em regiões como a Amazônia, o Pantanal e Maracaibo, na Venezuela. Em áreas como o norte da Amazônia, Gran Chaco e Lago Maracaibo, as condições quentes e secas triplicaram em frequência nas últimas décadas. Entre 1971 e 2000, essas condições ocorriam por cerca de 20 dias ao ano, enquanto agora chegam a até 70 dias anuais.

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O autor do estudo, Raul Cordero, da Universidade de Groningen, na Holanda, afirma que sem uma ação concreta contra o aquecimento global, essas temporadas de incêndios continuarão a piorar nas próximas décadas. Cordero ressalta que eventos como El Niño e La Niña também contribuem para o agravamento das condições climáticas na região. O fenômeno El Niño, que aquece as águas do Pacífico, tem relação com o aumento de incêndios no norte da Amazônia, enquanto a La Niña, que resfria as águas, eleva o risco no centro da América do Sul. (g1)

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