Prévia da inflação fica em 0,13% em setembro, abaixo do esperado
A prévia da inflação de setembro, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), foi de 0,13%, uma desaceleração em relação aos 0,19% registrado em agosto, e abaixo dos 0,28% esperado pelo mercado (íntegra do índice). No acumulado do ano, o indicador registra alta de 3,15%, e nos últimos 12 meses, a taxa é de 4,12%, inferior aos 4,35% dos 12 meses anteriores.
O grupo de habitação liderou a alta com variação de 0,50% e exercendo o maior impacto no índice. Dentro do grupo, o maior impacto veio da energia elétrica residencial, que subiu 0,84% em setembro após ter recuado 0,42% em agosto. Essa alta foi impulsionada pela entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha patamar 1 a partir de 1º de setembro. Outro fator de destaque em habitação foi o reajuste nas tarifas de água e esgoto, que subiram 0,38%.
No grupo alimentação e bebidas, houve alta de 0,05%, interrompendo dois meses consecutivos de queda. No entanto, a alimentação no domicílio ficou praticamente estável, em 0,01%. Entre os produtos que registraram maiores quedas estão a cebola (-21,88%), a batata-inglesa (-13,45%) e o tomate (-10,70%). Já o mamão (30,02%), a banana-prata (7,29%) e o café moído (3,32%) puxaram as altas. A alimentação fora do domicílio também subiu, com variação de 0,22%, mas desacelerou em relação a agosto, quando ficou em 0,49%.
Os outros cinco grupos que apresentaram alta no IPCA-15 de setembro foram: saúde e cuidados Pessoais, 0,32% de alta, artigos de residência, 0,17%, vestuário, 0,12%, comunicação, 0,07%, e educação, 0,05%. Por outro lado, despesas Pessoais (-0,04%) e transportes (-0,08%) registraram leve queda. No caso dos Transportes, a gasolina foi o principal responsável, com recuo de 0,66%. Regionalmente, sete áreas pesquisadas tiveram alta no IPCA-15 de setembro. A maior variação foi observada em Salvador e a menor em Recife. (Meio)