Na ONU, Lula cobrará empenho de países ricos com meio ambiente

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Em viagem a Nova York, o presidente Lula participará da 79ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) no momento em que seu governo registra uma seca histórica e números recordes de incêndios em diversas regiões do país. Lula deve manter a cobrança aos países mais ricos por financiamento para preservação ambiental e transição energética. De acordo o Poder360, Lula dirá que a situação no Brasil é consequência da crise climática e que todos têm reponsabilidade. Embora tenha conseguido reduzir os níveis de desmatamento na Amazônia e em outras regiões do país, terá de convencer os líderes internacionais de que é preciso agir em conjunto. Não será tarefa fácil. Reações, ainda que protecionistas, estão em curso. A União Europeia, por exemplo, adotará a partir de 2025 uma regra que proíbe importações de produtos de áreas desmatadas ilegalmente. O Brasil tentou reverter a decisão, sem sucesso.

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De acordo com o MapBiomas, de janeiro a agosto de 2024, mais de 1,7 milhão de hectares queimaram na Amazônia. A suspeita de que os incêndios no Brasil têm origem criminosa dificulta o convencimento que o presidente pretende fazer para que os outros líderes mundiais confiem ao Brasil recursos volumosos para preservação ambiental. O petista relacionará os eventos atuais ao descaso de países ricos que prometem, sem cumprir, US$ 100 bilhões anuais para ações ambientais. Lula não deve mencionar, porém, a falta de planejamento para o combate ao fogo no Brasil, alvo de crítica de governadores de oposição.

Lula cogita anunciar em Nova York o presidente da COP30, a conferência do clima organizada pela ONU que será realizada em Belém (PA) em 2025. A ideia era oficializar o nome na COP29, que será realizada em Baku, no Azerbaijão, em novembro, mas o governo quer ter anúncios positivos na semana em que Lula estará ao lado dos principais líderes globais. O diplomata André Corrêa do Lago é nome mais cotado, mas a secretária nacional de Mudanças do Clima, do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, também é mencionada. (Poder360)

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