Trump corteja doadores judeus e tenta driblar antissemitismo de aliado

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Donald Trump está irritado com o eleitorado judeu. Em encontro com doadores de campanha deste segmento ele reclamou que, embora se considere o “de longe o melhor presidente” para Israel, apenas 29% dos judeus votaram nele em 2020 – o que já foi um avanço em relação aos 26% de 2016. “Baseado no que eu fiz e no meu amor [por Israel], deveriam ser 100%”, afirmou. Embora tenha sido apoiado desde sua primeira eleição por notórios antissemitas, como Kayne West e o ex-líder da Ku-Kux-Klan David Duke, Trump de fato tomou medidas defendidas pro grupos pró-Israel, como levar para Jerusalém a embaixada americana e reconhecer a soberania israelense sobre as Colinas de Golã, território sírio ocupado desde 1967. Segundo ele o Partido Democrata “lançou um feitiço” sobre os eleitores judeus. (Guardian)

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Ao mesmo tempo, porém, o candidato republicano está tendo de lidar com mais um embaraço nesse tema. O candidato de seu partido a governador da Carolina do Norte, Mark Robinson, um importante cabo eleitoral entre o eleitorado negro, teve expostas mensagens publicadas há uma década em grupos de discussão nas quais se classificava como um “nazista preto”, além de admitir que gostava de ver vídeos pornográficos de transgêneros – apesar de ter adotado um discurso homofóbico nos últimos anos. O encontro com doadores judeus foi mais uma tentativa de se distanciar das declarações de Robinson, embora sem romper publicamente com o correligionário e aliado. (Guardian)

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