Líder do Hezbollah diz que ataques foram um ‘ato de guerra’; Israel ataca Sul do Líbano

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Após dois dias seguidos de ataques via dispositivos eletrônicos de comunicação do Hezbollah, o líder do grupo xiita libanês, Hasan Nasrallah, chamou tais ações de “ato de guerra” de Israel e prometeu retaliar, dizendo que as operações não pararão até o fim da guerra em Gaza. “O inimigo cruzou todas as fronteiras e linhas vermelhas”, afirmou sobre os ataques que mataram ao menos 37 pessoas e feriram quase 3 mil. Ele disse que os ataques foram “um grande ataque ao Líbano, sua segurança e soberania, um crime de guerra, um ato de guerra”, acrescentando que desferiram um “golpe sem precedentes” ao Hezbollah e ao país. Israel se recusa a comentar se é responsável pelas duas operações, que tiveram marcas características de sua agência de inteligência, o Mossad, que tem histórico de execuções no exterior. O Exército israelense intensificou nesta quinta-feira os ataques ao Sul do Líbano, com o objetivo de “destruir as capacidades e infraestruturas terroristas do Hezbollah”. Também sobrevoou Beirute com aviões de guerra e aprovou planos para o próximo estágio do conflito ao longo da fronteira entre os dois países. (Washington Post)

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O secretário americano de Estado, Antony Blinken, pediu “contenção” e disse que quaisquer outras ações de escalada no Oriente Médio podem tornar as negociações de cessar-fogo entre Israel e o Hamas “ainda mais difíceis”. Pouco depois do discurso de Nasrallah, no entanto, o comandante da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, disse ao chefe do Hezbollah que Israel “em breve” enfrentará “uma resposta decisiva e esmagadora do eixo de resistência”. (CNN)

David E. Sanger: “A suposta sabotagem israelense de centenas ou milhares de pagers, walkie-talkies e outros dispositivos sem fio usados pelo Hezbollah levou a obscura arte da sabotagem eletrônica a novos e assustadores patamares. Há motivos para temer para onde esse ataque aos combatentes do Hezbollah pode levar. A história desse tipo de sabotagem é que, uma vez que um novo limite é cruzado, ele se torna disponível para todos”. (New York Times)

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