Governo libera crédito extraordinário de R$ 514 milhões para combate ao fogo

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Para combater o fogo que já destruiu boa parte dos biomas brasileiros, o governo federal anunciou nesta terça-feira um crédito extraordinário de R$ 514 milhões para um programa de combate às queimadas. O valor será dividido em várias áreas do governo e deverá ser usado para a compra de equipamentos, como aeronaves e kits de combate a incêndios. O investimento foi anunciado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e deverá sair por medida provisória no Diário Oficial da União até esta quarta-feira. Na quinta, o governo se reúne com os 27 governadores para ouvir demandas, que influenciarão na maneira de aplicar o aporte. Segundo Costa, Lula deu ordem para reestruturar equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Guarda Municipal que combatem o fogo. Também deve ser publicada uma Medida Provisória que flexibilize a legislação para agilizar análises de recursos do Fundo Clima. (CBN)

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Em reunião com ministros e representantes do Legislativo e Judiciário, o presidente Lula disse que o Brasil não está preparado para lidar com eventos climáticos extremos. “As cidades não estão cuidadas, até 90% das cidades não estão preparadas para cuidar disso. Os estados são poucos os que têm preparação, que tem Defesa Civil, Bombeiro e brigadistas [suficientes]”, prosseguiu. Para Lula, boa parte das queimadas que devastam os biomas é uma “provocação” ao governo. “Há muita suspeita de que muitos dos incêndios são criminosos. Por exemplo, nós fomos fazer uma visita a uma comunidade na Amazônia e, na volta, parece provocação, mas nós encontramos vários focos de fogo, que foi feito aquilo pra gente ver que estavam tacando fogo mesmo, não estavam querendo esconder da gente”, relatou. (g1)

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, chamou de “terrorismo climático” as queimadas provocadas por ação humana e voltou a defender a ampliação de pena para quem provoca incêndios criminosos. “[Há uma] aliança criminosa entre ideologias políticas que querem negar a questão da mudança do clima e o crime que está sendo cometido de forma contumaz”, afirmou. Em entrevista ao programa Fala, Ministro, dos canais institucionais do governo, ela destacou que o fogo tem se alastrado em outros países. “A diferença é que aqui no Brasil tem essa aliança criminosa de uma espécie de terrorismo climático”, disse. Marina defende que qualquer incêndio provocado por humanos atualmente, seja intencional ou não, é criminoso, já que não há autorização para o manejo de queimadas. Para a ministra, além de quem incendeia as matas, também devem ser investigados e responsabilizados os mandantes desses atos. “Dificilmente os que porventura estejam por trás dessas ações criminosas, não são eles que vão estar na linha de frente”, ponderou. (Folha)

Mais uma vez, o céu do Distrito Federal ficou encoberto pela fumaça provocada pelo incêndio no Parque Nacional de Brasília. Diversas áreas ficaram invisíveis sob a densa névoa das queimadas, fazendo com que a qualidade do ar piorarasse nesta terça-feira. De acordo com a plataforma suíça de monitoramento IQAir, o ar era considerado “insalubre para grupos sensíveis”. Já a concentração de partículas finas PM 2,5 estava em nível 11 vezes pior do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Por conta da fumaça e da qualidade do ar, 29 escolas da rede pública e a Universidade de Brasília (UnB) suspenderam as aulas de hoje. (Metrópoles)

Enquanto isso, o estado de São Paulo teve um aumento de 729% nos focos de incêndio nos primeiros 15 dias de setembro deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Foram 1.783 focos na primeira quinzena deste mês, ante 215 nos primeiros 15 dias de setembro de 2023. No total, esse ano já acumula mais de 7.100 focos de incêndio, 332% a mais do que o registrado no mesmo período de 2023, quando haviam 1.600 focos. Pela primeira vez em 30 dias, o estado não registrou nenhum novo foco nesta segunda-feira, de acordo com o Inpe e a Defesa Civil. (CNN Brasil)

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