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Delegada que investigou Alexandre de Moraes em 2016 recebe ameaças de morte

Uma investigação da Polícia Federal revelou um esquema de coleta de dados pessoais do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e de outros envolvidos, como a delegada federal Denisse Ribeiro, responsável pela Operação Acrônimo. A delegada liderou uma operação em 2016, que havia identificado documentos que sugeriam o pagamento de R$ 4 milhões por parte da construtora de luxo JHSF a um escritório de advocacia ligado a Moraes. Embora o caso tenha sido arquivado, o episódio foi ressuscitado em 2024, quando o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos ofereceu U$ 5 milhões por qualquer prova envolvendo o ministro. A partir de e-mails anônimos criptografados, Denisse foi alvo de uma tentativa de suborno e ameaças de morte.

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Os e-mails anônimos, assinados por “Tácito”, não só fizeram ameaças, mas também expuseram dados pessoais do juiz do Supremo, Denisse e do empresário José Auriemo Neto, obtidos ilegalmente através do sistema Infoseg, utilizado por órgãos de segurança pública. O caso culminou na abertura de um inquérito da PF, denominado “Projeto Exposto”, que apura as violações e a tentativa de coação de agentes federais. As ameaças foram documentadas pela Polícia Federal e embasaram a decisão de Moraes de suspender temporariamente a plataforma X no Brasil em agosto, devido ao uso da rede para disseminar informações falsas e coordenar campanhas de difamação. A construtora JHSF afirmou que os pagamentos ao escritório de Moraes se referem a serviços advocatícios entre 2010 e 2013. As investigações seguem em andamento. (UOL)

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