Grileiros queimam 2 mil hectares de terras indígenas no Pará

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Poucos meses após operações para retirada de invasores, as terras indígenas Apyterewa e Trincheira Bacajá, no sul do Pará, voltaram a ser invadidas por grileiros que causaram os incêndios destruidores de 2.100 hectares nos territórios, segundo denúncias de organizações socioambientais. De acordo com a Rede Xingu+, uma coalizão formada por 53 organizações indígenas, ribeirinhas e da sociedade civil atuantes na bacia do rio Xingu, os focos das queimadas estão concentrados em áreas de pasto ao longo de estradas ilegais nas terras. O fogo é utilizado para limpar as áreas de criação do gado. A Apyterewa é a terra indígena mais desmatada da Amazônia desde 1997, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) deu início à série histórica. (UOL)

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No Mato Grosso, um incêndio de grande proporção atinge as terras indígenas Capoto Jarina e Parque Indígena Xingu, entre os municípios de São José do Xingu e São Félix do Araguaia. Os focos começaram em 17 de agosto e desde então se aproximam de diversas aldeias, formando um paredão de fogo e fumaça nesta quinta-feira. Segundo a Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt), 41 terras indígenas foram afetadas pelas queimadas. O estado tem 46 povos e 86 territórios indígenas vivendo nos biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal. (g1)

Um levantamento do BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostra que cerca de 40% das cidades do Mato Grosso do Sul registraram focos de incêndio entre terça e quarta-feira, com 389 no total. Corumbá é a cidade mais atingida, com 97 focos somados. Dos 79 municípios do estado, 32 registram focos de fogo que afetam Pantanal (161), Cerrado (138) e Mata Atlântica (90). (CNN Brasil)

Com a seca e a fumaça causada pelos incêndios, as máscaras usadas durante a pandemia de covid-19 voltaram a circular pelas ruas das cidades mais afetadas, mesmo sem obrigação impostas por autoridades. Especialistas aconselham a proteção, principalmente para grupos de risco, como pessoas idosas e com problemas respiratórios. As máscaras N95 são mais eficazes para impedir a entrada de partículas PM2.5 no organismo. Na quarta-feira, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, aconselhou evitar exposição por tempo prolongado e ficar o mais distante possível dos focos das queimadas, além de se hidratar e umidificar os ambientes. (Globo)

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