Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu demitir o ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida, após este ser alvo de denúncias de assédio moral e sexual. Em nota divulgada no início da noite, o governo considerou graves as acusações e insustentável a permanência do ministro na pasta. “O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, diz a nota.
Na reunião, Lula chegou a oferecer a Almeida a opção de pedir demissão, que foi recusada. Entre as mulheres que teriam sofrido assédio está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
O caso está sendo investigado pela Polícia Federal e pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República. O Planalto também reiterou seu compromisso com os Direitos Humanos e disse que “nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”.
Com a saída de Almeida, a primeira informação era de que a pasta passaria a ser chefiada interinamente pela atual secretária-executiva, Rita Cristina de Oliveira. No entanto, ela está sendo também acusada de assédio moral. Diante disso, segundo fontes do Planalto, Lula chegou à conclusão de que é necessária a “saída de toda cúpula” da pasta. Rita anunciou nas redes sociais que estava deixando o ministério.
A demissão de Almeida foi formalizada em uma edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU), nesta sexta-feira.
Ainda na noite de sexta, o Planalto informou que a ministra da Gestão, Esther Dweck, exercerá interinamente o cargo de ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, acumular temporariamente as duas pastas.