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Após conversa com Lula, Anielle pede respeito à sua privacidade

Após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, evitou dar entrevistas e divulgou uma nota na qual pediu respeito a seu espaço e sua privacidade, como vítima de assédio sexual, acrescentando que vai contribuir com as investigações. Ela foi chamada por Lula para uma conversa no Palácio do Planalto, logo após a demissão do ministro Silvio Almeida da pasta dos Direitos Humanos. Ela é uma das quatro mulheres que acusam o agora ex-ministro de assédio.
Anielle chegou a ser criticada nas redes sociais por seu silêncio diante do episódio, mas agradeceu o apoio que recebeu de Lula e disse que “não é aceitável relativizar ou diminuir episódios de violência. Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto”. As denúncias contra Almeida foram recebidas pela ONG Me Too Brasil e pelo portal Metrópoles, que apontou Anielle como uma das vítimas.
Na nota divulgada após a conversa com o presidente, ela rechaçou as “tentativas de culpabilizar, desqualificar, constranger ou pressionar vítimas a falar em momentos de dor e vulnerabilidade”. “Só alimentam o ciclo de violência”, enfatizou.
“Hoje, eu venho aqui como mulher negra, mãe de meninas, filha, irmã, além de Ministra de Estado da Igualdade Racial. Eu conheço na pele os desafios de acessar e permanecer em um espaço de poder para construir um país mais justo e menos desigual. Desde 2018, dedico minha vida para que todas as mulheres e pessoas negras possam estar em qualquer lugar sem serem interrompidas”, disse a ministra.
“Sabemos o quanto mulheres e meninas sofrem todos os dias com assédios em seus trabalhos, nos transportes, nas escolas, dentro de casa. E posso afirmar até aqui, que o enfrentamento a toda e qualquer prática de violência é um compromisso permanente deste governo. Sigo firme nos passos que me trouxeram até aqui, confiante nos valores que me movem e na minha missão de trabalhar por um Brasil justo e seguro para todas as pessoas”, concluiu.

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