Presidente Lula está preocupado com escalada autoritária na Venezuela

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Brasília está de olho em Caracas. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou, nos bastidores, preocupação com a recente ordem de prisão emitida pela Justiça venezuelana contra Edmundo González, diplomata e candidato que enfrentou Nicolás Maduro nas eleições de julho. Em conversas reservadas, Lula reconheceu que a Venezuela está se distanciando cada vez mais da comunidade internacional, o que representa um desafio crescente para a diplomacia regional.

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O Itamaraty avalia que Caracas tem dado sinais claros de que não está interessada em negociações, o que complica ainda mais o cenário. Embora Lula tenha evitado até agora rotular Maduro como ditador, interlocutores próximos indicam que o presidente brasileiro está cada vez mais consciente da escalada autoritária do líder venezuelano.

Ainda hoje, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, deve se reunir com Lula para discutir a ampliação da crise na Venezuela e avaliar possíveis respostas do Brasil. Há apenas três dias, Lula endureceu seu tom contra Maduro e disse que não reconheceria nenhuma vitória eleitoral na Venezuela até que os resultados fossem divulgados de forma transparente.

Internamente, o governo brasileiro enfrenta divergências sobre como lidar com a situação. Enquanto alguns auxiliares de Lula defendem a manutenção de canais de diálogo abertos com Caracas, o Itamaraty mostra-se cético quanto à possibilidade de novas concessões, diante do fortalecimento da ditadura venezuelana. (Estadão)

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