Biden diz que Netanyahu não faz o suficiente para um acordo de cessar-fogo
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O presidente americano, Joe Biden, afirmou nesta segunda-feira que o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, não está fazendo o suficiente para garantir um acordo de cessar-fogo com o Hamas. Biden não fez menção a um acordo do tipo “pegar ou largar”, que havia sido antecipado pelo Washington Post e que, se falhar, poderia marcar o fim das negociações lideradas pelos americanos. Paralelamente, os protestos contra o governo de Netanyahu, os maiores desde os ataques de 7 de outubro, sofreram um duro golpe da Justiça, que ordenou o fim de uma greve geral. As manifestações, iniciadas no fim de semana, foram motivadas pela descoberta dos corpos de seis reféns em Gaza, levando milhares de israelenses às ruas. O premiê não cedeu aos pedidos de cessar-fogo. Em coletiva de imprensa, Netanyahu pediu perdão por não trazer de seis reféns de volta com vida no fim de semana e advertiu que o Hamas “pagaria um alto preço” pelas mortes. Também afirmou que Israel tem de manter o controle sobre o corredor ao longo da fronteira entre Gaza e Egito e garantiu que “os reféns não serão levados para fora”. (Guardian)
Já o Reino Unido suspendeu as vendas de 30 de 350 tipos de armas a Israel, afirmando que há um “risco claro” de que o equipamento possa ser usado para cometer graves violações do direito internacional. O secretário de Relações Exteriores, David Lammy, disse que os equipamentos afetados incluem peças para caças, helicópteros e drones. Ele afirmou que seu país continua a apoiar o direito de Israel de se defender e que a medida não equivale a um embargo de armas. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse estar “profundamente desencorajado” com a medida, enquanto o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, afirmou que isso envia uma “mensagem muito problemática” ao Hamas e ao Irã. (BBC)