Ex-Google comanda aplicativo gratuito e critica capitalismo de vigilância

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Na comemoração pelo aniversário de 10 anos do aplicativo Signal, a presidente da empresa, Meredith Whittaker, lembrou que o Signal é a forma de comunicação mais segura do mundo e é gratuita. A plataforma do Signal é uma organização sem fins lucrativos, subvencionada por doações, não exibe anúncios, não coleta dados de seus usuários e paga bem seus engenheiros, explica Whittaker. Em muitos aspectos, o aplicativo é o oposto do modelo do Vale do Silício.

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“As pessoas precisam reformular sua compreensão da indústria de tecnologia e entender que o capitalismo de vigilância é sensível para o próprio modelo de negócio”, diz Whittaker. O capitalismo de vigilância denota um novo gênero de capitalismo, aquele que monetiza dados de seus cidadãos obtidos por vigilância. O termo foi cunhado pela acadêmica Shoshana Zuboff. 

Quando trabalhou no Google, Meredith liderou greves para protestar contra as práticas discriminatórias da empresa e seus contratos. Foi também co-fundadora do AI Now Institute, que aborda as implicações éticas da inteligência artificial. Desde que assumiu a Signal Foundation, busca financiamento de longo prazo para manter a empresa viva nas próximas décadas. 

Apesar de diferente, o serviço do Signal tem muitas semelhanças com o WhatsApp. Os fundadores do Whats são os desenvolvedores do Signal que não foram para o Facebook quando houve a aquisição do mensageiro. Além disso, o sistema de criptografia é basicamente o mesmo em ambos, ou seja, o Signal não foi desenvolvido por amadores. Por ter uma base de usuários menor o Signal não sofre tanto quanto outros serviços com hackers ou pessoas mal intencionadas. (Wired, Fundação FHC e Techmundo)

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