Meio

A maior seca da história do Brasil já afeta o país de forma generalizada, segundo análise do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden). A única exceção é o Rio Grande do Sul. A estiagem mais severa até então havia sido registrada em 2015, quando a falta de chuva atingiu apenas uma parte das regiões. A previsão indica um cenário climático preocupante: historicamente, o mês de setembro traz consigo uma combinação de temperaturas elevadas e precipitação abaixo da média. O país não deve ter alívio até novembro, e os impactos podem se estender para diversos setores, incluindo saúde, energia e agricultura. Um exemplo é a situação de importantes áreas agrícolas que sofrem, de maio até agora, o clima mais seco desde 1981, de acordo com o Cemaden. As próximas duas semanas seriam um período em que os cafeeiros costumavam florescer e os produtores começavam a plantar soja. Com a estiagem, as plantações estão ameaçadas.

A explicação para a seca é a soma dos seguintes fenômenos: o El Niño, que aquece o Pacífico e se prolongou, causando bloqueios atmosféricos, e a La Niña, do Atlântico, caracterizada pelo resfriamento do oceano na costa da África, enfraqueceu o fluxo de ventos úmidos para o Brasil. Outro fator é o aquecimento fora do comum do Atlântico Tropical Norte. (g1, Climatempo e Folha)