67% dos trabalhadores autônomos preferem CLT, diz estudo
Receba notícias todo dia no seu e-mail.
Assine agora. É grátis.
Sete anos após a implementação da reforma trabalhista, 67,7% dos trabalhadores autônomos brasileiros expressam o desejo de trocar a informalidade por um emprego com carteira assinada. É o que aponta uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV-Ibre). A reforma, que alterou mais de cem pontos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ainda não tem seus efeitos na economia medidos de forma conclusiva, muito por conta da pandemia.
O estudo revelou que os autônomos enfrentam maior instabilidade financeira e, especialmente entre os que ganham até um salário mínimo, a preferência por um emprego formal é ainda maior, atingindo 75,6%. Especialistas como Rodolpho Tobler, da FGV Ibre, e José Dari Krein, professor da Unicamp, destacam que, embora a reforma tenha facilitado a contratação, também contribuiu para o aumento da desigualdade e da insegurança entre os trabalhadores.
O desemprego está em queda no Brasil desde a pandemia, atingindo 6,9% no segundo trimestre de 2024, mas muitos analistas atribuem essa melhora à recuperação econômica e ao aumento do salário mínimo, mais do que as mudanças promovidas pela reforma trabalhista. (UOL)
