Presidente do Ibama pede investigação da PF sobre incêndios

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O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, pediu à Polícia Federal que investigue os focos de incêndio no país. Para ele, quase todas as queimadas, com poucas exceções, são criminosas, inclusive no estado de São Paulo.

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“Quase todo incêndio no Brasil é criminoso. Não temos incêndio espontâneo e são raros os casos de acidente, como um caminhão que pegou fogo, ou uma queda de um cabo de alta tensão. Em São Paulo, há uma desconfiança de que tudo foi organizado, pois os focos aconteceram praticamente no mesmo horário”, disse, momentos antes de ir à sede do Ibama, em Brasília, para acompanhar a situação de seu gabinete.

Neste domingo, o presidente do Ibama se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no início da tarde, no Ibama. Há a expectativa de uma declaração de Lula sobre o cenário atual.

Hoje, o Distrito Federal e parte do estado de Goiás amanheceram cobertos de fumaça eAgostinho diz que esssa fumaça vem de outros lugares atingidos pelas queimadas, como Amazônia, Pantanal e São Paulo. Ele lembrou que a região Centro-Oeste não tem chuva há mais de 120 dias, o que também gera focos de incêndio frequentes.

“De maneira geral, a situação climática não ajuda. A umidade está baixíssima. Embora o desmatamento tenha caído bastante, há um estoque de áreas desmatadas ao longo da última década e as pessoas ateiam fogo para mantê-las assim”.

Ao Globo, o presidente do Ibama ressaltou que o governo trabalha com um número recorde de brigadistas. Disse que há mais de 2 mil pessoas trabalhando em todo o país, das quais 1400 somente na Amazônia e 800 no Pantanal. Ele disse aiinda que a crise é uma das maiores e impede a recuperação de rios amazônicos que foram atingidos pela seca do ano passado, como o Madeira e o Tapajós. (Globo)

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